Os dentes do sultão

Certa vez um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse seu sonho.

– Que desgraça, senhor! – exclamou o sábio. -Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!

– Mas que insolente! , gritou o sultão. Como se atreve a dizer tal coisa?!

O sultão chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Ordenou, em seguida, que chamassem outro sábio, para interpretar o mesmo sonho.

O outro sábio disse:

– Senhor, uma grande felicidade vos está reservada !!!

O sonho indica que irá viver mais que todos os vossos parentes!

A fisionomia do sultão iluminou-se e ele mandou dar cem moedas ao sábio.

Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou:

– Como é possível?

A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega e, no entanto, ele levou chicotadas e você moedas de ouro!

– Lembre-se sempre, amigo – respondeu o sábio – que tudo depende da maneira de dizer as coisas. E esse é um dos grandes desafios da humanidade! É daí que vem a felicidade ou a desgraça; a paz ou a guerra.

A verdade sempre deve ser dita, não resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita é que faz toda a diferença. A verdade deve ser comparada a uma pedra preciosa: se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando revolta. Mas se a envolvemos numa delicada embalagem e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com facilidade.

O tesouro do mendigo

Era uma vez um andarilho muito sábio que vagava de vila em vila pedindo esmolas e compartilhando os seus conhecimentos nas praças e nos mercados.
Ele estava em uma praça em Akbar quando um homem chegou perto dele e disse:
– “Ontem, um mago muito poderoso me disse que aqui nesta praça eu encontraria um mendigo, que apesar de sua miserável aparência me daria um tesouro de valor inestimável e que isto mudaria completamente a minha vida. Quando vi você percebi de imediato que era o homem que eu procurava. Por favor, me dê o seu tesouro”.
O mendigo olhou para ele sem falar nada, enfiou a mão em um alforge de couro bem desgastado e em seguida estendeu a mão para o homem, dizendo:
– “Deve ser isto então!” Entregando-lhe um diamante enorme.
O outro levou um grande susto e exclamou: – “Mas! Esta pedra deve ter um valor enorme!”
– “É mesmo? Pode ser. Eu a encontrei no bosque.” Disse o mendigo.
– “Muito bem, quanto devo dar por ela?
– “Nada! Para mim ela não serve. Não preciso dela. Se ela lhe serve, leve-a. Não foi isto que o mago lhe disse?”. Perguntou o mendigo.
– “Sim, foi isto que ele me disse. Obrigado”. Muito confuso, o homem guardou a pedra e foi embora.
Meia hora mais tarde ele voltou. Ao encontrar o mendigo, disse:
– “Tome sua pedra e me dê o tesouro”.
– “Não tenho nada para lhe dar”. Disse o mendigo.
– “Tem sim! Quero que me ensine como pôde abrir mão dela sem que isso o incomodasse”.
O homem então passou anos ao lado do mendigo até que aprendeu o que era o desapego.

O Carvão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

– Pai estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o filho que continua a reclamar:

– O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

– Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

– Filho como está se sentindo agora?
– Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

– Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente:

– Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

No nosso dia a dia, ficamos muitas vezes irados com as pessoas que nos ferem, e o rancor humano faz com que tenhamos raiva ou ódio de nossos semelhantes que pecaram contra nós, mas como este pequeno conto tão bem ilustra, o ódio traz mais consequências e marcas em quem odeia do que em quem é odiado, ouse perdoar a quem te machucou, ouse perdoar a seu semelhante, mesmo que ele não mereça, no final quem sairá ganhando com certeza será você

Por isso:
– Cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em palavras.
– Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.
– Cuidado com suas ações; elas se transformam em hábitos.
– Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
– Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino.

CARTA DE UMA IDOSA TRANCADA EM UM LAR DE IDOSOS.


“Esta carta representa o balanço da minha vida.
Tenho 82 anos, 4 filhos, 11 netos, 2 bisnetos e um quarto de 12 metros quadrados.
Eu não tenho mais casa e nem as minhas coisas amadas, mas eu tenho quem arrume o meu quarto, me faça comida, me faça a cama, me controle a tensão arterial e me pese.
Não tenho mais as risadas dos meus netos, não posso mais vê-los crescer, abraçar e reclamar; alguns deles visitam-me a cada 15 dias; outros a cada três ou quatro meses; outros, nunca.
Eu não faço mais nuggets ou ovos recheados, nem rolos de carne moída e nem ponto cruz. Ainda tenho como passatempo fazer o sudoku que me entretém um pouco “.
′′ Não sei quanto tempo me resta, mas preciso de me acostumar com essa solidão; faço terapia ocupacional e ajudo no que posso a quem está pior do que eu, embora não queira me apegar muito: eles desaparecem frequentemente. Dizem que a vida é cada vez mais longa. Por quê? Quando estou sozinha, posso olhar para as fotos da minha família e algumas memórias que trouxe de casa. E isso é tudo.
Espero que as próximas gerações entendam que a família se constrói para ter um amanhã (com os filhos) e retribuir aos nossos pais com o tempo que nos presentearam para nos criar”.

Pense nisso…

Esta é a essência do ensino

Um jovem encontra um senhor de idade e lhe pergunta:

– Se lembra de mim? E o velho diz NÃO.

Então o jovem diz que ele era aluno dele.

E o professor pergunta:

– O que você está fazendo, o que você faz para viver?

O jovem responde:

– Bem, eu me tornei professor.

– Ah, que bom, como eu? (disse o velho)

– Pois sim.

Na verdade, eu me tornei professor porque você me inspirou a ser como você.

O velho, curioso, pergunta ao jovem que momento foi que o inspirou a ser professor.

E o jovem conta a seguinte história:

– Um dia, um amigo meu, também estudante, chegou com um relógio novo e bonito, e eu decidi que queria para mim e eu o roubei, tirei do bolso dele.

Logo depois, meu amigo notou o roubo e imediatamente reclamou ao nosso professor, que era você.

Então, você parou a aula e disse:

– O relógio do seu parceiro foi roubado durante a aula hoje.

Quem o roubou, devolva-o.

Eu não devolvi porque não queria fazê-lo.

Então você fechou a porta e disse para todos nós levantarmos e iria vasculhar nossos bolsos até encontrarmos o relógio.

Mas, nos disse para fechar os olhos, porque só procuraria se todos tivéssemos os olhos fechados.

Então fizemos, e você foi de bolso em bolso, e quando chegou ao meu, encontrou o relógio e o pegou.

Você continuou procurando os bolsos de todos e, quando ele terminou, ele disse:

– “Abra os olhos. Já temos o relógio.”

Você não me disse nada e nunca mencionou o episódio.

Nunca disse quem foi quem roubou o relógio.

Naquele dia, você salvou minha dignidade para sempre.

Foi o dia mais vergonhoso da minha vida.

Mas também foi o dia em que minha dignidade foi salva de não me tornar ladrão, má pessoa, etc. Você nunca me disse nada e, mesmo que não tenha me repreendido ou chamado minha atenção para me dar uma lição de moral, recebi a mensagem claramente.

E, graças a você, entendi que é isso que um verdadeiro educador deve fazer.

Você se lembra desse episódio, professor?

E o professor responde:

– “Lembro-me da situação, do relógio roubado, que procurava em todos, mas não lembro de você, porque também fechei os olhos enquanto procurava.”

Esta é a essência do ensino:

Se para corrigir você precisa humilhar; você não sabe ensinar.

Autor desconhecido

O marido que queria matar a mulher

O marido chegou para o pai e disse: Pai, não aguento mais a minha esposa.

Quero matá-la, mas tenho medo que descubram.

O senhor pode me ajudar?

O pai respondeu: Posso sim, mas tem um porém…Você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que foi você, quando ela morrer.

Vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecido, paciente, carinhoso, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais, Tá vendo este pozinho aqui?

Todos os dias você vai colocar um pouco na comida dela. Assim, ela vai morrer aos poucos.

Passado os 30 dias, o filho voltou e disse ao pai: Eu não quero mais que ela morra!

Eu passei a amá-la. E agora? Como eu faço para cortar o efeito do veneno?

O pai, então, respondeu: Não se preocupe! O que eu te dei foi pó de arroz.

Ela não vai morrer, pois o veneno estava em você!

Quando alimentamos rancores, ódio, magoas morremos aos poucos. Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu.

Que possamos tratar aos outros, como gostaríamos de ser tratados.

Que possamos ter a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear…e não só a de querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e explorar o outro.

Que o amor de Deus nos alcance todos os dias, pois não sabemos se teremos tempo de nos purificarmos com este antídoto chamado perdão.

NETA EM CONVERSA COM O AVÔ:

-Avô.
-Diz.
-Por que é que, às vezes, o mar tem ondas?
-Porque os peixes estão a dançar.
-Avô.
-Diz.
-Por que é que, às vezes, o sol se esconde?
-Porque também gosta de brincar.
-Avô.
-Diz.
-Por que é que, às vezes, as estrelas caem?
-Porque tropeçam no manto da noite.
-Avô.
-Diz.
-Por que é que, às vezes, falamos sozinhos?
-Porque as palavras indicam caminhos.
-Avô.
-Diz.
-Por que é que, às vezes, me levantas no ar?
-Para te ensinar a agarrar.
-E se eu começar a voar?
-Terás sempre onde pousar.

  • Elisabete Bárbara –

PORTUGUÊS NÃO É PARA AMADORES


Um poeta escreveu:
“Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar”.
Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução.
Eu, por exemplo, prefiro a carne ao carnê.
Assim como, obviamente, prefiro o coco ao cocô.
No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável.
Pense no cágado, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração.
E há outros casos, claro!
Eu não me medico, eu vou ao médico.
Quem baba não é a babá.
Você precisa ir à secretaria para falar com a secretária.
Será que a romã é de Roma?
Seus pais vêm do mesmo país?
A diferença na palavra é um acento; assento não tem acento.
Assento é embaixo, acento é em cima.
Embaixo é junto e em cima separado.
Seria maio o mês mais apropriado para colocar um maiô?
Quem sabe mais entre a sábia e o sabiá?
O que tem a pele do Pelé?
O que há em comum entre o camelo e o camelô?
O que será que a fábrica fabrica?
E tudo que se musica vira música?
Será melhor lidar com as adversidades da conjunção ”mas” ou com as más pessoas?
Será que tudo que eu valido se torna válido?
E entre o amem e o amém, que tal os dois?
Na sexta comprei uma cesta logo após a sesta.
É a primeira vez que tu não o vês.
Vão tachar de ladrão se taxar muito alto a taxa da tacha.
Asso um cervo na panela de aço que será servido pelo servo.
Vão cassar o direito de casar de dois pais no meu país.
Por tanto nevoeiro, portanto, a cerração impediu a serração.
Para começar o concerto tiveram que fazer um conserto.
Ao empossar, permitiu-se à esposa empoçar o palanque de lágrimas.
Uma mulher vivida é sempre mais vívida, profetiza a profetisa.
Calça, você bota; bota, você calça.
Oxítona é proparoxítona.
Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o público entenda aquilo que publico.
E paro por aqui, pois esta lista já está longa.
Texto: Carolina Pereira

O TEMPO EXATO

Depois do atentado do 11 de setembro, uma empresa que tinha o seu escritório em um dos andares do World Trade Center, convidou os seus sócios e empregados que por alguma razão haviam sobrevivido ao ataque, para compartilhar as suas experiências.Aquelas pessoas estavam vivas pelas razões mais simples da vida, eram pequenos detalhes como esses:

– O diretor de uma pequena companhia chegou tarde porque foi participar de uma reunião na escola do seu filho;

– Uma mulher se atrasou porque o seu despertador não alarmou a tempo;

– Outro funcionário perdeu o ônibus;

– uma funcionária foi atingida por cocô de pombo e precisou voltar pra se trocar;

– Um dos sócios teve problemas ao ligar o carro e precisou chamar um mecânico;

– Outro funcionário teve que atender um telefone que acabou resultando em poucos minutos de atraso antes do atentado;

– Uma secretaria entrou em trabalho de parto;

– Um zelador não conseguiu um táxi;

– Mas a história que mais me impressionou foi a de um senhor que ficou com uma bolha no calcanhar, devido o seu sapato ser novo e antes de chegar ao trabalho ele decidiu parar em uma farmácia pra comprar um curativo e por isso ele está vivo hoje.

– Agora, quando eu fico preso no trânsito, quando perco um ônibus, quando preciso me atrasar pq tive que atender alguém e muitas outras coisas que me desesperaríam, penso primeiro”Este é o lugar exato no que devo estar, nesse exato e precioso momento”.

– Na próxima vez que a tua manhã for uma loucura, que teus filhos demorem em se arrumar, ou que vc não esteja conseguindo achar as chaves do carro, não fique chateado ou frustrado.VOCÊ ESTÁ EXATAMENTE NO LUGAR QUE DEVERIA ESTAR, nesse grande quebra cabeça da vida. Aplique a gratidão agora e seja grato por como vc está agora e pelas coisas que tem. Viva cada momento como se fosse o último, um dia vai ser.

-Desconhecido.