Num vilarejo da Europa, um respeitado rabino entrou na casa de estudos, num momento em que não o esperavam, e encontrou seus discípulos jogando damas, quando deveriam estar estudando as leis sagradas, como era o costume naqueles tempos. Quando viram o mestre, ficaram confusos sem saber o que fazer. Pararam o jogo imediatamente. Um dos discípulos, envergonhado, tentou se desculpar: – Perdoe-nos, mestre. Apenas queríamos nos distrair um pouco! O velho fez um gesto bondoso e perguntou: – Vocês conhecem as regras do jogo de damas? Como ninguém respondeu, o rabino mesmo tratou de responder: – Vou lhes dizer: a primeira é que duas jogadas não podem ser feitas em seguida; a segunda, que somente se pode mover para frente e não para trás; a terceira, que, quando se chega à última fila, você está livre para ir aonde quiser. Vocês estão aprendendo lições muito importantes sobre a nossa existência. Prossigam com o jogo, por favor, prossigam.
Tag: sabio
Mocidade, maturidade e velhice
Há uma lenda em que um sábio oferece à venda um livro dividido em três volumes de oráculos, ao rei de Roma.
O preço dos três volumes era tão alto que o rei se recusou a pagá-lo. Na presença dele o sábio queimou um dos livros.
Anos depois, o rei mandou chamar o sábio e perguntou o preço dos dois volumes que sobraram, descobriu espantado que o preço dos mesmos equivalia ao preço dos três.
Tendo novamente recusado o preço, queimou o sábio o segundo volume. Mais tarde, achando que o preço do volume que sobrou seria menor que os dos outros dois, ficou surpreendido ao saber que correspondia ao preço dos três volumes. Ficou sabendo, então que os três volumes tinha muito a ver com mocidade, maturidade e velhice.
Os homens são dispostos a pensar que o preço da felicidade é demasiado alto. Na mocidade não pagam o preço de uma vida com Deus, e assim 1/3 da sua vida vai embora.
Para a maturidade o mesmo preço é pedido, isto é, a renuncia, a negação do seu eu, a visão da eternidade e o objetivo final. Recusado isso, só resta então a velhice. Aqui a renúncia torna-se mais difícil e parece mais dura, por causa de hábitos fixos e arraigados.
Se o preço fosse pago no começo, ficar-se-ia com os três volumes e a felicidade.
A PIOR POBREZA
Um sábio estava sentado ao alto de uma montanha, em calma contemplação, quando foi importunado por um mendigo da aldeia.
– Onde está a pedra? – perguntou o mendigo. Preciso da pedra preciosa!
O sábio levantou os olhos na sua direção e disse, sorrindo:
– Que pedra procura?
– Tive um sonho – continuou o mendigo, mal se acalmando para falar – e nesse sonho, uma voz disse-me que se eu viesse à montanha, encontraria um homem que me daria uma pedra preciosa que me salvaria da pobreza para sempre!
O sábio olhou pensativo, depois alcançou sua bolsa e retirou dela um grande diamante!
– Será esta a pedra? – perguntou gentilmente – encontrei-a pelo caminho. Se quiser, pode ficar com ela. Eu não tenho utilidade para ela. Mas ela não o salvará da pobreza.
O mendigo nem podia acreditar na sua sorte. Arrancou a pedra das mãos do sábio e correu de volta para a aldeia, antes que ele mudasse de ideia.
Um ano mais tarde, o mendigo, já vestido com roupas de homem rico, regressou à montanha à procura do sábio, e o encontrou novamente meditando e contemplando o horizonte.
– Está de volta, meu amigo! – disse o sábio. O que aconteceu?
O mendigo respondeu:
– Aconteceram-me muitas coisas maravilhosas por causa da pedra que tão graciosamente me ofereceu. Tornei-me rico, acumulei dinheiro, casei com uma linda mulher e tenho uma enorme e bela casa. Posso dar emprego aos outros e fazer o que eu quiser, quando eu quiser. Posso comprar tudo o que você imaginar.
– Então, por que regressou? – perguntou o sábio.
– É que me sinto rico por fora, mas continuo pobre por dentro. Por favor, peço que me ensine tudo o que há DENTRO de você que lhe permitiu oferecer-me aquele diamante de maneira tão generosa.
A felicidade não está nos bens materiais. A pior pobreza é a de espírito.
REAL VALOR
Um sábio passeava pelo mercado quando um homem se aproximou e disse-lhe:
— Sei que és um grande mestre. Hoje de manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar algo que custa caro; devo ajudá-lo?
— Se essa não é uma situação de emergência, aguarde mais uma semana antes de atender seu filho.
— Mas se tenho condições de ajudá-lo agora, que diferença fará esperar uma semana?
— Uma diferença muito grande – respondeu o sábio. – A minha experiência mostra que as pessoas só dão o real valor a algo quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não consegui-lo.
O ÚLTIMO CONSELHO DE UM SÁBIO
“O discípulo de um filósofo foi procurar seu mestre que estava para morrer e perguntou-lhe:
– Não terias mais alguma coisa a dizer a teu discípulo?
O sábio, então, abriu a boca e ordenou ao jovem que olhasse lá dentro.
– Vês minha língua? – perguntou.
– Claro – respondeu o discípulo.
– E os meus dentes, ainda existem perfeitos?
O discípulo replicou:
– Não…
– E sabes por que a língua sobrevive aos dentes? … É porque é mole e flexível. Os dentes se acabam e caem primeiro porque são duros. Assim aprendeste tudo o que vale a pena aprender. Nada mais tenho a ensinar-te.”
Mateus 11.29
“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.”
A MORTE DO IPÊ
A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Assim são as pessoas tolas quando vêem em seus semelhantes apenas defeitos, e cegos as virtudes. Fico com as palavras de Albert Einstein:
“Somos todos geniais. Mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvore ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido.”
O SÁBIO E O JOGO DE DAMAS
Num vilarejo da Europa, um respeitado rabino entrou na casa de estudos, num momento em que não o esperavam, e econtrou seus discípulos jogando damas, quando deveriam estar estudando as leis sagradas, como era o costume naqueles tempos. Quando viram o mestre, ficaram confusos sem saber o que fazer. Pararam o jogo imediatamente. Um dos discípulos, envergonhado, tentou se desculpar:
– Perdoe-nos, mestre. Apenas queríamos nos distrair um pouco!
O velho fez um gesto bondoso e perguntou:
– Vocês conhecem as regras do jogo de damas?
Como ninguém respondeu, o rabino mesmo tratou de responder:
– Vou lhes dizer: a primeira é que duas jogadas não podem ser feitas em seguida; a segunda, que somente se pode mover para frente e não para trás; a terceira, que, quando se chega à última fila, você está livre para ir aonde quiser.
Vocês estão aprendendo lições muito importantes sobre a nossa existência. Prossigam com o jogo, por favor, prossigam.
O FUNDO DO POÇO
Havia um homem, que morava próximo à um rio e que vivia muito bem com sua família. Ele plantava milho para consumo próprio e o que sobrava trocava com outros companheiros por arroz, trigo e outros cereais.
Para complementar a alimentação de sua família ele pescava e caçava pelas redondezas. Durante muito tempo tudo corria na mais imensa paz e sua vida era um imenso mar de rosas, mas o ano que se aproximava lhe trazia surpresas nada agradáveis. Nesse ano, houve uma seca muito grande, o rio secou, a sua plantação de milho morreu, e os animais que andavam por aquelas redondezas desapareceram. Para piorar as coisas, sua mãe que estava de idade avançada contraiu dengue, seu filhinho contraiu malária e sua esposa que estava grávida de 4 meses acabou tendo um aborto acidental. Tudo isso fez com que ele ficasse desesperado, pois além de estar passando fome, tudo mais em sua vida estava dando errado. Ele já não sabia a quem recorrer, e em grande agonia resolveu ir conversar com um senhor muito sábio e religioso que morava por perto.
Ao chegar para conversar com o sábio, foi logo desabafando e contando todos os problemas que estava passando naquele momento. O sábio senhor apenas ouvia atentamente sem proferir nenhuma palavra. Ele então continuou falando, falando, falando até que percebeu que o sábio não havia proferido palavra alguma.
Desesperado e já em prantos, o sofrido homem gritou:
– Por favor, me dê uma luz! Será que você não percebe o meu desespero. Já não sei mais o que fazer da minha vida.
O sábio suspirou e com uma voz calma disse:
– Meu filho, alegre-se, pois a hora mais escura da noite é aquela em que o sol está mais próximo de nascer.
“Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia; pois tu me tens sido alto refúgio e proteção no dia da minha angústia.”
Salmo 59.16
O MAIOR OBSTÁCULO DA VIDA
Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria.
Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil no grande caminho da vida.
No auge da discussão, prevendo talvez conseqüências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.
Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza.
O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa.
O segundo levaria uma corça rara.
O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.
O trio recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viagem de três milhas; no entanto, no meio do caminho, começaram a discutir.
O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar; este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.
O pequeno séqüito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajante permanecia atento as obrigações que diziam respeito aos outros, através de observações acaloradas e incessantes. Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho, olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho.
Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado.
O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, e o bolo se perde totalmente no chão.
Desapontados e irritadiços, os três rapazes voltam a presença do pai, apresentando cada qual a sua queixa de derrota.
O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:
— Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias.
Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.