A PIOR POBREZA

o-sabio-aristoteles
Um sábio estava sentado ao alto de uma montanha, em calma contemplação, quando foi importunado por um mendigo da aldeia.
– Onde está a pedra? – perguntou o mendigo. Preciso da pedra preciosa!
O sábio levantou os olhos na sua direção e disse, sorrindo:
– Que pedra procura?
– Tive um sonho – continuou o mendigo, mal se acalmando para falar – e nesse sonho, uma voz disse-me que se eu viesse à montanha, encontraria um homem que me daria uma pedra preciosa que me salvaria da pobreza para sempre!
O sábio olhou pensativo, depois alcançou sua bolsa e retirou dela um grande diamante!
– Será esta a pedra? – perguntou gentilmente – encontrei-a pelo caminho. Se quiser, pode ficar com ela. Eu não tenho utilidade para ela. Mas ela não o salvará da pobreza.
O mendigo nem podia acreditar na sua sorte. Arrancou a pedra das mãos do sábio e correu de volta para a aldeia, antes que ele mudasse de ideia.
Um ano mais tarde, o mendigo, já vestido com roupas de homem rico, regressou à montanha à procura do sábio, e o encontrou novamente meditando e contemplando o horizonte.
– Está de volta, meu amigo! – disse o sábio. O que aconteceu?
O mendigo respondeu:
– Aconteceram-me muitas coisas maravilhosas por causa da pedra que tão graciosamente me ofereceu. Tornei-me rico, acumulei dinheiro, casei com uma linda mulher e tenho uma enorme e bela casa. Posso dar emprego aos outros e fazer o que eu quiser, quando eu quiser. Posso comprar tudo o que você imaginar.
– Então, por que regressou? – perguntou o sábio.
– É que me sinto rico por fora, mas continuo pobre por dentro. Por favor, peço que me ensine tudo o que há DENTRO de você que lhe permitiu oferecer-me aquele diamante de maneira tão generosa.
A felicidade não está nos bens materiais. A pior pobreza é a de espírito.

NÃO SE ESQUEÇA DO PRINCIPAL

caverna

Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia: “Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal”. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal….” A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente: “Você só tem oito minutos.” Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou… Lembrou-se, então, que criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!!! A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, as vezes, conosco. Temos uns oitenta anos para viver, neste mundo, e uma voz sempre nos adverte: “Não se esqueça do principal!” E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida!!! Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais os fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado… Assim, esgotamos o nosso tempo aqui, e deixamos de lado o essencial: “Os tesouros da alma!” Que jamais nos esqueçamos que a vida, neste mundo, passa rápido e que a morte chega de inesperado. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações. Portanto, que jamais esqueçamos do principal!!!